Relato anônimo da vítima de um Narcisista
“Nunca imaginei que um buquê de rosas vermelhas pudesse me causar tanto pânico. Hoje, aos 34 anos, consigo falar sobre isso, mas durante muito tempo essa história ficou presa na minha garganta como um grito silencioso.
Tudo começou com um café. Pedro (nome fictício) era aquele tipo de homem que parecia ter saído de um filme: bem-sucedido, articulado e com um sorriso que iluminava qualquer ambiente. Nas primeiras semanas, me senti a protagonista do meu próprio conto de fadas. Ele memorizou meu pedido favorito da cafeteria, sabia o nome da minha primeira professora e até a marca do esmalte que eu usava no nosso primeiro encontro.
O primeiro sinal apareceu numa tarde de domingo. Eu tinha combinado um almoço com minha melhor amiga, Marina. “Por que você precisa ver ela todo domingo? Pensei que eu fosse especial para você”, ele disse, com aquele olhar magoado que, mais tarde, eu descobriria ser sua marca registrada. Cancelei o almoço. Marina ficou chateada, mas Pedro me recompensou com um dia inteiro de mimos.
As rosas começaram a chegar semanalmente no meu escritório. Cada buquê vinha com um cartão diferente: “Para a única mulher que me entende”, “Você é minha obra-prima”, “Ninguém nunca vai te amar como eu”. No início, minhas colegas suspiravam. Depois, começaram a trocar olhares preocupados.
Numa noite, depois de um jantar com clientes, ele explodiu no carro: “Vi como você sorriu para o garçom. Você gosta de me humilhar, não é?”. E eu passei a noite inteira me desculpando por algo que não tinha feito. Na manhã seguinte, mais rosas. “Me perdoe, você me faz perder a cabeça porque te amo demais.”
O controle foi aumentando em doses homeopáticas. Meu guarda-roupa foi sendo substituído – “esse vestido não é apropriado para uma mulher do meu nível”. Meu celular passou a ser monitorado – “é para sua segurança, amor”. Meus amigos foram sendo filtrados – “eles não te merecem como eu mereço”.
O episódio da festa de família foi o estopim. Eu tinha feito um comentário sobre política durante o jantar. Na volta para casa, ele socou o volante com tanta força que pensei que íamos bater. “Você me envergonha! Não percebe como me faz parecer idiota?” Naquela noite, pela primeira vez, senti medo físico real.
A gota d’água veio quando encontrei e-mails dele com outras mulheres. Quando confrontado, ele riu: “Você está louca. Isso nunca aconteceu. Para de inventar coisas.” Passei semanas duvidando da minha própria sanidade.
Foi numa terça-feira comum que algo despertou em mim. Olhei para as rosas murchas na minha mesa – mais um pedido de desculpas – e finalmente enxerguei o padrão. O amor não machuca. O amor não controla. O amor não diminui.
Saí de casa numa manhã, enquanto ele estava em viagem. Deixei para trás cinco anos de manipulação e um apartamento cheio de rosas mortas. Hoje, quando vejo rosas vermelhas, não sinto mais medo. Sinto gratidão por ter sobrevivido, por ter me reconectado comigo mesma e por ter aprendido que o maior ato de amor próprio é saber dizer não.
E você, que está lendo isso agora, saiba: se as rosas em sua vida vêm com espinhos de culpa, controle e medo, elas não são amor. São correntes perfumadas. E você merece florescer em liberdade.“
O relato acima é sobre uma história real de uma mulher que relacionou-se com um narcisista do tipo GRANDIOSO, com demonstrações claras de agressividade direta (diferentemente do tipo oculto).
O relato retrata as estratégias de manipulação “love bombing”, “gaslighting” e “Triangulação”
Comente caso queira que eu traga mais relatos das vítimas de narcisistas!
E você também pode enviar o seu relato anônimo para nosso e-mail: [email protected]
Aprenda a curar-se e a sair desse ciclo
Acolha-se com empatia. O narcisista tem uma habilidade única de fazer você duvidar de si mesmo, mas suas emoções e experiências são válidas, e você NÃO é louca. Não hesite em procurar apoio, seja de amigos, familiares ou de um profissional.
Terapia é uma ferramenta valiosa para recuperar sua autoestima e clareza mental após sofrer manipulações constantes. Buscar ajuda não é sinal de fraqueza, mas de força e amor-próprio. Colocar um fim nesse ciclo é um ato de coragem e autocuidado.
Receba nosso e-book 100% gratuito sobre autoconfiança no seu e-mail
Xoxo,
Cherry 🍒
Meu Deus eu chorei lendo a história dessa moça, eu passei por algo parecido
to achando que meu ex era narcisista oculto!!!!!